Vinhos

A História do Vinho
Não se pode apontar precisamente o local e a época em que o vinho foi feito pela primeira vez, do mesmo modo que não sabemos quem foi o inventor da roda. Há dois milhões de anos homens e uvas já coexistiam, que às podia escolher.
Antes da ultima Era Glacial houve seres humanos cujas mentes estavam longe de ser primitivos, como os povos Cro-magnon que pintavam obras primas nas cavernas de Lascou, na França, onde os vinhedos ainda crescem selvagens. Os arqueólogos aceitam o acúmulo de sementes de uvas como evidência (pelo menos pela probabilidade) de elaboração de Vinhos.
A Videira para a vinificação pertence à espécie Vitis  Vinífera e suas parentes são a Vitis Repestres, a Vitis Ripari e a Vitis Aestivalis, mas nenhuma delas possui a mesma de acumular açúcar na proporção de 1/3 do seu Volume nem os elementos necessários para a confecção do Vinho. A videira selvagem possui flores macho e fêmea.
Os primeiros povos à cultivar a  videira teriam selecionado as plantas hermafroditas para o cultivo. O Vinho está relacionado à mitologia Grega, um dos vários significados do Festival de Dionísio em Atenas era a comemoração do grande dilúvio com que Zeus (Júpiter) castigou o pecado da Raça Humana primitiva. Apenas um casal sobreviveu, seus filhos eram: Orestheus, que teria plantado a primeira vinha.
 

“Certa vez, uma das jarras estava cheia de suco e as uvas exalavam um cheiro estranho, sendo deixadas de lado por serem inapropriadas para comer e consideradas possível veneno, uma donzela do harém tentou se matar ingerindo o possível veneno, ao em vez da morte encontrou alegria e um repousante sono, ela narrou o ocorrido ao Rei que ordenou que uma grande jarra de Vinho fosse feita e Jamshid e sua corte beberam da nova bebida”.

Tipos de Uvas ­­

A classificação das variedades de uvas  se dá conforme a  origem:  americana (vitis lambrusca, vitis riparia, etc...) e viníferas européias (para elaboração de vinhos finos).

 

Uvas tintas­­

 

Cabernet Sauvigno­n:  É uma antiga cultivar da região de Bordeaux, França, hoje plantada com sucesso em muitos países vitícolas. Atualmente é a vinífera tinta mais importante do Estado. É uma cultivar muito vigorosa e medianamente produtiva. Em vinhedos bem conduzidos  obtêm-se uvas aptas à elaboração de vinhos típicos, que podem  evoluir em qualidade com alguns anos de envelhecimento. Principais descritores aromáticos: pimentão verde, violeta, amora, cassis, ameixa, coco, baunilha, couro, cacau e tabaco. 

   Merlot­: É uma uva também originária da Região de Bordeaux. Possui  cacho geralmente alado de tamanho médio e bagas pequenas. Quando elaborado com uva madura, aveludado, potente, rico em álcool e de coloração intensa. Devido à sua constituição fenólica, pode ser fermentado e amadurecido em barrica de carvalho. É um vinho que pode ser consumido puro ou cortado com outros vaietais, principalmente, com o Cabernet Sauvignon. Principais descritores aromaáticos: os mais complexos lembram trufas e são frutados, com características de ameixa, cereja preta, framboesa e groselia. 


Barbera :`Barbera` é originária da região norte da Itália. Além de grande expressão em seu país de origem, a `Barbera` também é cultivada na Argentina e no Brasil. Foi introduzida no Rio Grande do Sul no início do século XX, e seu cultivo se difundiu na Serra Gaúcha, a partir de 1925. Foi a principal vinífera tinta da região até 1983. A partir daí, cedeu espaço para viníferas tintas francesas como ´Cabernet Franc`, ´Merlot` e ´Cabernet Sauvignon`. É uma cultivar produtiva . A uva normalmente atinge elevado teor de açúcar e apresenta acidez também elevada.



Pinot Noir ­: O berço da `Pinot Noir` é a Borgonha, na França, onde é utilizada para a elaboração de vinhos tintos de alto conceito. É uma cultivar precoce, de ciclo curto, e por isso muito difundida em vários países da Europa setentrional. Foi introduzida no Brasil há mais de setenta anos, permanecendo nas coleções ampelográficas das estações experimentais. A difusão comercial da `Pinot Noir` foi iniciada no final da década de 1970, sendo, aqui, utilizada para a elaboração de vinho tinto varietal e para champanha. Entretanto, é uma cultivar de difícil adaptação às condições do  em razão de sua alta susceptibilidade à podridão causada por Botrytis cinerea e a outras podridões da uva. Se ocorrer chuva durante a maturação, ­além das perdas diretas causadas pelas podridões, o vinho não apresenta sua tipicidade varietal. 


Pinotage : ´Pinotage`é resultante do cruzamento ´Pinot Noir`x ´Cinsaut`, realizado na África do Sul pelo Prof. Peroldt, em 1922. Ela só foi propagada para testes em áreas comercias em 1952, e em 1959 foi consagrada ganhando o concurso de vinhos jovens da cidade do Cabo. O nome ´Pinotage` é uma combinação dos nomes ´Pinot` com ´Hermitage`, sendo esta uma denominação usada para a Cinsaut na África do Sul. É produtiva, apresenta ótimo potencial glucométrico , atingindo, normalmente, 20ºBrix a 22ºBrix, com uma acidez total ao redor de 110 mEq/L. Origina vinho frutado, apto a ser consumido jovem. 

                                    Uvas brancas
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Chardonnay : A Chardonnay é uma variedade que tem sua origem na Borgonha, França. Os cachos e as bagas são pequenos. Apresenta bom potencial para produção de açúcar, porém conserva sua acidez. O vinho Chardonnay é potente, tem bom volume de boca e pode apresentar grande complexibilidade aromática. No Brasil, o Chardonnay é jovem e fresco, mas apresenta composição que favore a fermentação em barrica de carvalho. Sua característica pode ser diferente, dependendo do método de fermentação utilizado. Destina-se, também, à elaboração de champagnes, espumantes e vinhos licorosos. É um dos vinhos de maior aceitação no mercado. Principais descritores aromáticos: maçã, citrus, abacaxi, pêssego, melão e maracujá; baunilha e manteiga.


Sauvignon Blanc  : Provávelmente provenha das regiões centrais ou do sudeste da França. Tem cachos e bagas pequenos. Os vinhos vinhos são secos, elegantes, finos e típicos. Pode ser utilizada para a elaboração de vinho licoroso de grande qualidade, como os botritizados. Principais descritores aromáticos: vegetal, frutado - citrus, damasco, pêssego, avelã, maracujá - floral e manteiga.


Moscato ­ : Sob esta denominação, há uma série muito grande de variedades. A maior delas tem sua origem provavelmente no Oriente Médio. O Moscato Branco tem cachos e bagas grandes. Pode dar origem a vinhos secos ou licorosos, com grande tipicidade devida ao caráter varietal de moscato. O Moscato, produzido no Vale do São Francisco, possui cacho pequeno e bagas médias ou pequenas e destina-se especialmente à produção de espumante moscatel e vinho licoroso. Isso deve ao seu potencial de açúcar, sabor intenso e delicado de moscato. Principais descritores aromáticos: flores brancas e forte característica do sabor moscato.


Riesling Renano : A variedade Riesling Renano, originária do Vale do Rio Reno, é mais difundida no mundo que a Riesling Itálico. Tem cachos e bagas pequenos. O vinho é de alta qualidade, agradável, de bom equilíbrio, açúcar, acidez e muito aromático. Pode ser utilizada, também, para a elaboração de excelentes vinhos licorosos quando a uva é supermadura ou quando apresenta podridão nobre. Principais descritores aromáticos: flores brancas, frutas - citrus, pêssego, damasco, masco, abacaxi, mel e minerais.


Pinot Grigio  : É uma variedade originária da Bourgogne, França. Possui película de cor "cinza", podendo ser mais intensa nas regiões meridionais. Amadurece quase na mesma época que a Pinot Noir. É uma variedade relativamente vigorosa, mas não muito produtiva. É adaptada a solos profundos, secos e bem expostos. Adapta-se bem ao frio, mas é sensível à podridão cinzenta e ao míldio. Possui cachos e bagas pequenos ou muito pequenos. O vinho resultande é branco, possante e encorpado. Principais descritores aromáticos: frutas de polpas brancas, melão e pêssego